
Nazaré nos explica que não aceita os efeitos conseguidos por mero acaso, mesmo que encantadores. Sente-se capaz de destruir esses efeitos em busca da sua própria criação, de resultados advindos de sua luta na organização do caos. Os trabalhos de Nazaré têm uma mistura ao mesmo tempo suave e brutal, delicada e grosseira. Talvez pela escolha dos temas figurativos que fazem parte da composição, máquinas, misturadores, ferramentas, em conjunto com delicados toque que insinuam amor, amor, amor, em todas as suas intermináveis formas. Ela pode ser descrita como um caldeirão fervente onde se misturam todas as emoções humanas. “Pintar é um ato de constante descoberta. Por isso prefiro destruir efeitos bem conseguidos mas alcançados pacificamente, e arriscar algo mais.” Essa disposição mostra a determinação da artista em obter sempre uma inovação, em conseguir sempre uma nova conquista. Não há descanso. “
Por Ronaldo Carneiro Leão – diretamente do Recife, Brasil