segunda-feira, 28 de setembro de 2009
O interesse pelo objecto artístico levou Gilberto Colaço a querer quebrar com um hábito colectivo estereotipado das estruturas faciais e arquitectónicas e a gerar conceitos alternativos de “beleza”.
Explorar as potencialidades do retrato permitiu-lhe a apropriação das imagens como novos suportes. Desenvolve nelas, por conseguinte, uma certa impossibilidade no claro reconhecimento da identidade dos sujeitos representados. Estes são invadidos por uma vagueza enigmática que evoca uma intensidade silenciosa e uma amnésia visual. Na sua interacção com o espectador, estes sujeitos transmitem uma neutralidade fria e parecem desprovidos de interioridade.
Estas imagens surgem repletas de paradoxos estéticos estranhos. Elas exibem uma tensão desconcertante e intimidante entre uma agressividade quase grotesca e uma certa graciosidade.
Neste contexto de recriação, ainda que estruturados por elementos perceptivelmente conflituosos, podem-se sempre estabelecer comparações formais, conceptuais e metafóricas entre estas imagens e a realidade. Daí que, embora subsista uma certa inadequação com esta, permanece a capacidade de reconstrução e adaptação visual da parte do espectador.
Em Playing Juliet, Gilberto Colaço assume o papel de director de casting e propõe um conjunto de figurantes para incorporar a personagem de Julieta, a protagonista da tragédia de William Shakespeare que derrotou o tempo através da morte e se tornou imortal através da arte.
Explorar as potencialidades do retrato permitiu-lhe a apropriação das imagens como novos suportes. Desenvolve nelas, por conseguinte, uma certa impossibilidade no claro reconhecimento da identidade dos sujeitos representados. Estes são invadidos por uma vagueza enigmática que evoca uma intensidade silenciosa e uma amnésia visual. Na sua interacção com o espectador, estes sujeitos transmitem uma neutralidade fria e parecem desprovidos de interioridade.
Estas imagens surgem repletas de paradoxos estéticos estranhos. Elas exibem uma tensão desconcertante e intimidante entre uma agressividade quase grotesca e uma certa graciosidade.
Neste contexto de recriação, ainda que estruturados por elementos perceptivelmente conflituosos, podem-se sempre estabelecer comparações formais, conceptuais e metafóricas entre estas imagens e a realidade. Daí que, embora subsista uma certa inadequação com esta, permanece a capacidade de reconstrução e adaptação visual da parte do espectador.
Em Playing Juliet, Gilberto Colaço assume o papel de director de casting e propõe um conjunto de figurantes para incorporar a personagem de Julieta, a protagonista da tragédia de William Shakespeare que derrotou o tempo através da morte e se tornou imortal através da arte.
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