quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

sexta-feira, 28 de março de 2008

SÍLVIA CARREIRA: "Cumplicidades"


“Cumplicidades”

É extremamente complicado colorir com palavras as obras da Sílvia. Este trabalho reúne uma série de momentos em que as variações de estado de espírito se sucederam naturalmente mas com um denominador comum: A inegável proeminência do corpo, das suas formas, do movimento e da cumplicidade com artefactos do dia-a-dia.

Perante estas obras creio que o seu trabalho patenteia uma vez mais a sensualidade e pragmatismo. E como a pintura é uma gravação da emoção estamos perante uma sucessão de sentimentos, de mensagens corporais e inequívocas transparências de alma.

Uma das qualidades indissociáveis da pintora é a autenticidade. E como a coisa mais cansativa da vida é não ser autêntico, ela consegue sem esforço passar essa mensagem de grande carácter e forte personalidade.

Todas as obras, seja na pintura, na arquitectura ou em qualquer outra coisa, são sempre auto-retratos e nós não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos. Sílvia Carreira é cúmplice deste seu trabalho e essa cumplicidade é facilmente reconhecida.

Pedro Ferreira Couto
(Marido e cúmplice, com muita honra)

quinta-feira, 27 de março de 2008

Sílvia Carreira-Presa-técnica mista sobre tela-150x150 cm-2008


Sílvia Carreira-Tresdobro-técnica mista sobre tela-150x150 cm-2007


Sílvia Carreira-Tomada de posse-técnica mista sobre tela-150x150 cm-2007


Sílvia Carreira-Precisamente-técnica mista sobre tela-150x100 cm-2008


Sílvia Carreira-Ponte móvel-técnica mista sobre tela-150x100 cm-2007


Sílvia Carreira-Pente 5-técnica mista sobre tela-150x150 cm-2007


Sílvia Carreira-Inserção-técnica mista sobre tela-150x150 cm-2008


Sílvia Carreira-Follow Stop-técnica mista sobre tela-150x100 cm-2008


Sílvia Carreira-E agora?-técnica mista sobre tela-150x100 cm-2007


Sílvia Carreira-Corta Rente-técnica mista sobre tela-150x100 cm-2007


Sílvia Carreira-Corta Mato-técnica mista sobre tela-150x150 cm-2008


Sílvia Carreira-Bisel-técnica mista sobre tela-150x100 cm-2008


sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

JAIME ISIDORO: "Subtracção da Paisagem"

Subtracção da Paisagem

Todas as exposições têm uma história e a desta exposição vale a pena ser contada.
Em 2007 Jaime Isidoro instalou-se em Vila Nova de Cerveira, terra a que o ligam trabalhos importantes não só da sua vida, mas da vida das artes em Portugal. Há naquela vila uma casa que tem o seu nome e foi nessa casa que passou o Verão a pintar. Não exactamente para aproveitar a luz e os dias longos, porque o acto de pintar para Jaime Isidoro é um acto nocturno e por isso a sua luz é inventada, nasce com a pintura, vem da matéria e da cor que utiliza. Um dia deslocou-se a Vigo para comprar telas; saiu uma, e outra vez, porque as telas não chegavam. Comprou tantas quantas esta exposição apresenta (ou quase) e o que fez foi arranjar mais um pretexto para adiar o desfecho da pintura.

Jaime Isidoro começou por ser paisagista porque essa era a condição que o tempo e a sua iniciação determinavam. Mas o tempo não parou e Jaime Isidoro acelerou-o sempre que pôde, introduzindo no seu trabalho valores e preocupações de outros tempos e de outros lugares. Foi o que aconteceu com a série agora apresentada – “subtracção da paisagem”. Subtraída, traída, usurpada, raptada, a paisagem persiste, lá por detrás das sucessivas camadas de pintura; persiste remotamente, no percurso do artista; ou mais longe ainda, na história da arte.
Tal como o título da exposição nos obriga a recuar até ao tempo da paisagem, também estas pequenas telas nos fazem recuar, camada a camada até ao início de um processo que, deste modo, se expõe. O nosso andamento, enquanto espectadores, será sempre retrospectivo, procurará sempre recuperar os gestos de um pintor no momento da execução. Para isso, Jaime Isidoro facilita-nos a vida, encaminha o nosso olhar como um conservador-restaurador que se debruçasse cuidadosamente sobre a obra para a radiografar e descobrir, pela devida ordem, os estratos de pintura.
Tudo fica inscrito na superfície, geneticamente inscrito: a programação das obras, o procedimento de trabalho, o código do artista que pode ser aquela breve mancha vermelha a que repetidamente recorre; o movimento da grande espátula que actua em pequenas telas; o desprendimento de um pintor que deixa escorrer a tinta até ela parar, como se a decisão coubesse à própria tinta; o domínio de um gesto, mas só o suficiente para deixar espaço à expressão da matéria; a presença de uma marca estrutural muito forte, traduzida nos quadrados cinzentos e na composição de manchas que não os recobre completamente; os valores tangíveis, sensoriais e sensuais.

É possível que esta série de pinturas exija uma exposição para ser bem apreciada e é também possível que, quando as obras se dispersarem pelos coleccionadores, percam qualidades que só na galeria, com o alinhamento que lhe dispensaram, têm sentido. Refiro-me, principalmente, a este sentido rítmico que a montagem lhe confere, a esta espécie de escala feita de cores, tons e meios-tons. Mas esse é o destino de toda a obra de arte que se investe de novos significados conforme o lugar em que nos é apresentada. Depois da exposição, cada tela ecoará como nota isolada de uma composição mais vasta, mas ficará extraviada, perdida do seu todo. Resta-nos a satisfação dos registos fotográficos que documentam a vizinhança e a cadência musical destas telas, e nos recordam o prazer da sua contemplação.

Laura Castro

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Sem título-acrílico sobre tela-24x19 cm-2007


Sem Título-acrílico sobre tela-89x126 cm-2007


Sem Título-acrílico sobre tela-27x22 cm-2007


Sem Título-acrílico sobre tela-27x22 cm-2007


Sem Título-acrílico sobre tela-27x22 cm-2007


Sem Título-acrílico sobre tela-27x22 cm-2007


Sem Título-acrílico sobre tela-27x22 cm-2007


Sem Título-acrílico sobre tela-24x19 cm-2007


Sem Título-acrílico sobre tela-24x19 cm-2007


Sem Título-acrílico sobre tela-22x27 cm-2007


Sem Título-acrílico sobre tela-22x27 cm-2007


Vista geral